Projeto Irê Ayó propõe educação valorizando cultura Afro

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A coordenadora do Projeto Irê Ayó (educação para as relações étnico-raciais), Vanda Machado, apresentou em audiência pública, presidida pelo deputado estadual Bira Corôa (PT), o empenho da Secretaria de Cultura (Secult) em projetos que vislumbram a cultura e a educação. O debate promovido pela Comissão de Promoção da Igualdade na Assembleia Legislativa discutiu a importância e diretrizes do Projeto no processo de pedagogia com olhar africano na educação de jovens negros.

Segundo Vanda Machado, Irê Ayó significa “caminho da alegria” traduzido do Iorubá. O objetivo do Projeto consiste em proporcionar o reconhecimento e valorização da história, cultura do lugar e manifestações culturais, como formas de convivências solidárias estruturantes. “O estado deve assegurar efetivamente, a reparação de danos psicológicos, materiais, políticos e educacionais sofridos com o regime escravista”, disse a coordenadora do Irê Ayó.

A coordenadora citou em sua fala, as leis 10.639/03 e 11.645/08, que buscam combater o racismo e as discriminações que atingem particularmente os negros e indígenas. “Trata-se de uma política curricular instituída em dimensões históricas, sociais que estão na origem da realidade brasileira”, completou Vanda Machado.

Seguindo a temática do debate, o professor Antônio Cosme, representante do Terreiro do Cobre, disse que só a partir da década de 30, a educação contemplando a população negra, começa a ser pensada. Antes disso, o Estado Brasileiro proibia qualquer tipo de escolaridade à classe escravizada da época.

Ainda segundo o professor, a lei 10.639/03 passa a resultado de uma luta histórica contra a preservação do conhecimento acadêmico preservado pela elite brasileira. “Um dos desafios que a lei aponta, consiste no entendimento do processo e compreensão da diversidade, com valor agregado ao conhecimento”, afirmou professor Cosme.

Encerrando o debate, o deputado Bira Corôa destacou a transformação da sociedade a partir do conhecimento e da necessidade de projetos afirmativos inclusivos, capazes de enfrentar a realidade que vivemos. O deputado disse também, que dentro do contexto do ensino, o racismo e o culto a inferioridade e baixo estima nas comunidades tradicionais, ainda são muito fortes. “Como educadores somos instrumentos de cidadania”, completou Bira Corôa.

Fonte: http://www.biracoroa.org.br/

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